Uma questão que está sempre a vir à baila são as elevadas médias de acesso ao curso de medicina. Uns acham que a culpa é do Sócrates, outros dizem que a média não é um bom critério de selecção, mas há ainda outros que defendem que se devia decidir com um torneio nacional de jogo da malha.
Por acaso a primeira não deixa de ser verdade. Aliás, eu proponho que o Governo instaure um método de venda de vagas de medicina semelhante ao de bilhetes para concertos de bandas de culto. Tudo em prol de um sistema mais justo. Invés de critérios absurdos como a média, podia-se finalmente avaliar a capacidade dos futuros médicos resistirem a bancos de 12 e 24 horas através da persistência em ficar semanas nas filas intermináveis que se iam formar à porta da FNAC, assim como a capacidade para lidar com pessoas que estão há séculos à espera para serem atendidos. Aqueles que dizem que têm vocação já não se poderiam queixar.
De forma a minimizar a polémica desta medida, podia-se incluí-la perfeitamente num pacote de medidas de combate à crise económica. Além disso, algumas altas patentes do Estado, com a Face Oculta ou a descoberto, poderiam aproveitar para vender algumas vagas a sucateiros.
De forma a minimizar a polémica desta medida, podia-se incluí-la perfeitamente num pacote de medidas de combate à crise económica. Além disso, algumas altas patentes do Estado, com a Face Oculta ou a descoberto, poderiam aproveitar para vender algumas vagas a sucateiros.
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